OLAVO: Olá querido amigo, boa tarde.
Paz e bênçãos à vc. e aos seus.
Tenho visto seus artigos na Rede Amigos Espirita.
Tem eles sempre uma conotação elucidativa e objetivando a divulgação da doutrina Espirita e sobretudo orientação aos adeptos do Espiritismo e simpatizantes, visto que nem todos os que fazem parte da Rede, são Espiritas.
Este dias atrás, um confrade do centro que atuo, levantou uma questão que o publico presente, não deve acompanhar a prece de encerramento em voz alta, deve sim fazê-la mentalmente.
Bem eu tenho comigo que algumas respostas para esse confrade amigo, mas ele é renitente e não aceita colocações que não esteja nos livros da codificação e outros que nos trazem muitas lições elucidativas, como os livros do Chico ditados por vários espíritos, principalmente os da série de André Luiz.
Eu tenho as minhas respostas como :
1)- A prece deve ser feita com o coração e não com as palavras, portanto se mentais ou acompanhadas em voz alta conforme vê-se na co-irmã católica;
2)- Deve-se respeitar o livre arbítrio de cada um, lógico que deve-se obedecer uma disciplina para tal, por exemplo se o publico presente desejar verbalizar, não deve fazê-lo em tom alto e sim de uma forma comedida;
3)- Nós adultos aprendemos a prece quando alguém as fez verbalizando-a para nós quando é pequenos;
4)- Ontem por exemplo, ao término dos trabalhos, poucos foram os que verbalizaram, não se ouvia os adultos, mas podia-se ouvir uma criança de 3 anos acompanhando a prece e verbalizando-a de forma com que todos podiam ouvi-la, assim, o que fazer, chamar a atenção de uma criança de 3 anos, só porque ela está repetindo a prece junto com o trabalhador que está fazendo o encerramento?
Enfim, na minha opinião, esse é um assunto, tão infrutífero de ser discutido, quando há problemas maiores a serem colocados em pratica dentro de uma casa Espirita.
Gostaria de saber , se vc tem algum posicionamento e se vc tem lembrança de alguma recomendação na literatura Espirita a esse respeito.
Tenho procurado sobre o assunto, mas não tenho encontrado nada especifico que mencione sobre essa questão.
Caso o nobre amigo tenha algo a respeito, solicito a gentileza e enviar-me, pois , apreciaria demais ampliar meus conhecimentos sobre esse quesito.
Fico no aguardo e endereço meu abraço fraterno.
Fique na paz.
Abraços
OLAVO
JORGE HESSEN: Você encontrará no opúsculo( publicado pela FEB ) "Orientação ao Centro Espírita" as melhores diretrizes para a condução doutrinária de uma instituição espírita.
Recomendo a sua leitura....
Sobre o tema proposto antecipo que , não obstante, suas 4 justificativas sejam interessantes, opto por perfilar com o pensamento do confrade citado (por você), pois creio que o público presente, não deve e nem precisa acompanhar a prece de encerramento em voz alta, deve e precisa sim fazê-la mentalmente.
A mente é tudo. Até mesmo para que não se possa ser tido como RITUAL na percepção dos visitantes e/ou frequentadores (ainda neófitos) , em face de um comportamento tradicional e costumeiro do grupo espirita que assim procede.
Quanto às crianças , elas precisam ser orientadas , aliás, quanto mais cedo melhor , sobre a incoerência de uma prece ser verbalizada (maquinalmente) pelo público de um centro espírita.
Talvez o tema não seja tão "infrutífero" como se denota à primeira vista. É assunto importante e não se pode vacilar nos pressupostos justificadores ante os supostos comportamentos inocentes porém, bastante incoerentes para a racionalidade kardeciana.