JT: Olá prezado irmão Jorge! Parabéns pelos
artigos que tem nos brindado . Temos aprendido muito com suas informações. Que
Deus o ilumine cada vez mais!...Se possível, gostaria que nos esclarecesse, se
possível, o porquê de minha filha (48 anos) sentir muito calor,
principalmente nas mãos quando entra em oração ou quando está em reuniões
espíritas (mesmo as doutrinárias; ela não frequenta mediúnicas ainda.) .
Segundo ela, não é menopausa. É um calor muito grande, mais centralizado nas
mãos. Por que será? Obrigada desde já pela sua fraternal atenção.Muita Paz em
nossos corações!
Abraços. JT
Jorge Hessen: Kardec afirma que a mediunidade é faculdade
inerente a todos os seres humanos. Nalguns a mediunidade provoca sintomas sutis
ou vigorosos, que permanecem em determinadas ocasiões gerando mal-estar e
dissabor, inquietação e transtorno depressivo, enquanto que, em outros
momentos, surgem em forma de exaltação da personalidade, sensações
desagradáveis no organismo, ou antipatias injustificáveis, animosidades mal
disfarçadas, decorrência da assistência espiritual de que se é objeto.
Sob o ponto de vista
fisiológico pode provocar dores no
corpo, sem causa orgânica; cefalalgia periódica, sem razão biológica; problemas
do sono - insônia, pesadelos, pavores noturnos com sudorese -; taquicardias,
sem motivo justo; colapso periférico sem nenhuma disfunção circulatória (suores
e esquentamento das mãos, dos pés) , dores de cabeça frequentes, esgotamento mental, dormências, zumbido no
ouvido, visualização de vultos , audição de vozes, constituindo todos eles ou apenas alguns,
perturbações defluentes de mediunidade em surgimento e com sintonia desarmônica.
Sob o ponto de vista psicológico, pode provocar ansiedade, fobias variadas, perturbações
emocionais, inquietação íntima, pessimismo, desconfianças generalizadas,
sensações de presenças imateriais - sombras e vultos, vozes e toques - que
surgem inesperadamente, tanto quanto desaparecem sem qualquer medicação,
representando distúrbios mediúnicos inconscientes, que decorrem da captação de
ondas mentais e vibrações que sincronizam com o perispírito do enfermo,
procedentes de Entidades sofredoras ou vingadoras, atraídas pela necessidade de
refazimento dos conflitos em que ambos - encarnado e desencarnado - se viram
envolvidos.
Nem todos as pessoas, no entanto, que se
apresentam com sintomas de tal porte, necessitam de exercer a faculdade de que
são portadores. Após a conveniente terapia que é ensejada pelo estudo do
Espiritismo e pela transformação moral do paciente, que se fazem indispensáveis
ao equilíbrio pessoal, recuperam a harmonia física, emocional e psíquica,
prosseguindo, no entanto, com outra visão da vida e diferente comportamento,
para que não lhe aconteça nada pior.
Grande número, porém, de portadores de
mediunidade, tem compromisso com a tarefa específica, que lhe exige
conhecimento, exercício, abnegação, sentimento de amor e caridade, a fim de
atrair os Espíritos Nobres, que se encarregarão de auxiliar a cada um na
desincumbência do imperativo iluminativo.
A mediunidade não é um transtorno do organismo,
mas tem suas bases fisiológicas, mormente do sistema endocrínico. O seu
desconhecimento, a falta de atendimento aos seus impositivos, geram distúrbios
que podem ser evitados ou, quando se apresentam, receberem a conveniente
orientação para que sejam corrigidos.